Vou responder essa questão, passando valores reais de mercado. Mas antes preciso dizer que existem muitos fatores que fazem com que essa resposta não seja tão simples quanto se pensa.
Seria o mesmo se eu perguntasse para você:
- Quanto custa um carro?
- Depende do carro. Uma Mercedez de luxo custa mais do que um Fiat Moby.

Do Briefing ao Roteiro: Planejamento de Vídeo Institucional
Muitos gestores imaginam a produção de um vídeo institucional como um processo puramente criativo e as vezes até um pouco caótico e imprevisível. A realidade, no entanto, é muito mais estruturada. Assim como uma grande produção de cinema, um vídeo corporativo de sucesso segue rigorosamente quatro grandes etapas:
- Pré-produção: A fase do planejamento e do roteiro.
- Produção: O período de gravação das imagens e sons.
- Pós-produção: A etapa de edição e finalização.
- Distribuição: A entrega e a veiculação do material.
Dentre estas etapas, a Pré-produção (o planejamento) merece uma atenção especial. Embora todas sejam importantes, esta é a fase que, se for negligenciada ou mal executada, o resultado final muito provavelmente não sairá como o esperado. Ela antecipa e define o sucesso de todo o resto do processo.
É justamente nesta etapa inicial que nascem os dois documentos mais importantes de todo o projeto:
- O briefing, que funciona como o mapa estratégico do projeto.
- O roteiro, que serve como a planta baixa detalhada da produção.
Neste artigo, vamos focar exatamente nestes dois pilares, mostrando como um briefing bem construído e um roteiro profissional são suas maiores garantias contra imprevistos, refações e desperdício de investimento.
Briefing para Vídeo Corporativo: O Mapa Estratégico do Projeto
Com a importância do planejamento estabelecida, mergulhamos no documento que serve como a fundação de todo o projeto: o briefing. Longe de ser uma mera formalidade, ele é a ferramenta de planejamento mais crucial para o sucesso de um vídeo institucional.
Um erro comum, entretanto, é tratar o briefing como um documento operacional. A abordagem mais eficaz é a do briefing estratégico: um documento que foca no problema de negócio e nos objetivos, dando à produtora a liberdade e o contexto necessários para propor as melhores soluções criativas. A produtora deixa de ser uma mera executora e se torna uma parceira estratégica na sua comunicação.
O que é um briefing?
O briefing é o documento que centraliza todas as informações essenciais de um projeto. Ele funciona como um mapa estratégico que alinha as expectativas entre a sua empresa e a produtora, servindo como a principal fonte de consulta para garantir que a solução criativa proposta atenda aos seus objetivos de negócio.
Como fazer um briefing?
Seu briefing deve responder a perguntas-chave sobre o negócio, e não apenas sobre o vídeo. A melhor forma de fazer isso é promovendo uma reunião de briefing com todos os profissionais envolvidos e interessados no projeto. O objetivo dessa reunião é responder, da forma mais completa possível, às seguintes questões estratégicas.
O resultado será um documento claro, no formato de perguntas e respostas, que pode ser enviado às produtoras de vídeo que participarão da concorrência, garantindo que todas as propostas sejam baseadas na mesma visão.
Com base em nossa metodologia, os pilares são:
- O Fato Principal: Qual é o contexto de negócio em que este investimento está sendo feito? (Ex: expansão para um novo mercado, lançamento de um produto, etc.).
- O Problema que o Vídeo Deve Resolver: Qual é o desafio ou a situação que motivou o investimento neste vídeo?
- O Objetivo do Vídeo: O que se espera que este vídeo realize? Como ele se encaixa na estratégia e que resultados são esperados?
- O Público-Alvo: Quem irá assistir ao vídeo? A segmentação por cargo, profissão e nível de conhecimento sobre o tema é crucial.
- Análise da Concorrência (Direta e Indireta): Quem são seus concorrentes do dia a dia e que outras opções seu cliente pode ter fora do seu segmento?
- A Promessa: O que torna sua empresa única? Qual é o seu grande diferencial competitivo que o vídeo precisa transmitir?
- Referências (Benchmarking): Quais vídeos ou peças de comunicação (mesmo de outros setores) servem como inspiração positiva ou negativa? Isso ajuda a calibrar o tom e o estilo visual.
- Obrigatoriedades: Existe algum elemento que precisa estar no vídeo por razões estratégicas ou corporativas? (Ex: depoimento do CEO, imagens da nova sede, duração máxima de 2 minutos, logotipo específico).
Responder a essas perguntas de forma estratégica é o que transforma uma ideia vaga em um plano de ação concreto, pronto para ser traduzido em um roteiro eficaz e de alta performance.
Criando o Roteiro: A Planta Baixa da Produção
Com um briefing estratégico e completo em mãos, chegamos ao momento de criar a planta baixa do seu vídeo: o roteiro. É este documento que irá traduzir toda a estratégia em cenas, sons e mensagens concretas, guiando cada passo da produção.
A Responsabilidade pelo Roteiro
Embora nem sempre aconteça, a boa prática de mercado é que a criação do roteiro seja uma responsabilidade da produtora de vídeo. Por quê? Porque um roteiro eficaz é muito mais do que apenas um bom texto para a locução. Ele é um documento técnico que deve ser escrito por quem entende as nuances da produção audiovisual.
Um roteirista profissional não pensa apenas “o que vamos dizer”, mas também “como vamos mostrar”. O roteiro deve levar em conta e descrever todos os recursos visuais da produção, como:
- Tipos de planos e enquadramentos;
- Inserção de computação gráfica e motion graphics;
- Textos que aparecerão na tela (GCs);
- Transições entre cenas;
- Indicações para a trilha sonora e efeitos.
O Formato de Duas Colunas: O Formato Usado pela Cinemátika
Para garantir que a parte visual receba a mesma atenção que o texto, nós na Cinemátika adotamos o formato de roteiro profissional de duas colunas. Nesse padrão, a página é dividida: uma coluna para o ÁUDIO (locução, trilha, diálogos) e outra para o VÍDEO (descrição das imagens).
Este formato traz vantagens estratégicas cruciais para o seu projeto:
- Planejamento Preciso: Ao sincronizar áudio e vídeo, o roteiro indica a duração de cada cena, permitindo um planejamento muito mais acurado do tempo de gravação e da quantidade de planos necessários.
- Ênfase na Narrativa Visual: O formato combate a armadilha de roteiros focados apenas no texto, pois força a pensar e descrever a camada visual, garantindo que as imagens, e não apenas a locução, contem a história.
- Clareza e Controle para o Cliente: Para quem está aprovando, este formato é muito mais claro e prático. Fica fácil solicitar alterações de forma precisa e, principalmente, entender o impacto de cada ajuste. O cliente consegue visualizar como uma mudança no texto (coluna do áudio) pode exigir uma nova imagem (coluna do vídeo), compreendendo a relação de causa e efeito e evitando surpresas na entrega final.
Uma Dica de Ouro para a Revisão do Roteiro:
Ao receber uma versão do roteiro para aprovação, a melhor prática para sua empresa não é reescrever trechos ou inserir novos textos diretamente no documento. Por quê? Porque em um roteiro profissional, cada palavra de locução está amarrada a uma imagem e a um tempo de cena. A abordagem mais eficaz é adicionar comentários e sugestões, indicando os pontos que precisam de ajuste. Com esse feedback, a produtora — que é a responsável por adequar o roteiro — fará as alterações necessárias, garantindo que o texto final continue perfeitamente sincronizado com a parte visual.
A aprovação do roteiro é o grande marco que finaliza a etapa de planejamento. A partir deste ponto, o projeto avança para a fase de Produção, cujo primeiro passo é a análise técnica detalhada do roteiro. Quer saber o que acontece depois?
→ Confira o passo a passo completo das etapas de produção de um vídeo institucional.
Conclusão: Como o Planejamento Traz Previsibilidade para um Serviço Intangível
Diferente de um produto que pode ser tocado e testado antes da compra, um vídeo é uma prestação de serviço. E, como em todo serviço, a avaliação final da sua qualidade só pode ser feita, de fato, ao final do processo, quando ele está pronto.
Isso gera uma incerteza natural para qualquer gestor: “Como posso ter certeza de que o resultado final será o que eu espero?”. É exatamente para combater essa incerteza que o planejamento se torna a ferramenta mais importante de todo o projeto.
O briefing e o roteiro deixam de ser apenas documentos criativos e se tornam ferramentas de gestão que trazem:
- Maior previsibilidade sobre o resultado final;
- Um controle muito melhor de cada etapa do processo;
- E, principalmente, a mitigação de riscos financeiros e de comunicação.
Em resumo, investir tempo em um planejamento detalhado é a maneira mais inteligente de tornar um serviço intangível em um processo tangível e controlável. É a sua garantia de que, mesmo sem poder “testar” o vídeo antes, o resultado não será uma surpresa, mas a consequência natural de um projeto bem construído e executado.
Perguntas Frequentes (FAQ)
1. Por que não devo começar um vídeo empresarial pela gravação de imagens? Começar pela gravação é como construir um prédio sem planta. As imagens são a “obra”, e sem um planejamento (briefing) e um projeto (roteiro) que definam o objetivo, a mensagem e a estrutura, você corre o risco de gravar material desalinhado, estourar o orçamento com refações e terminar com um vídeo que não gera resultados para o seu negócio.
2. Por que a produtora de vídeo deve ser responsável por escrever o roteiro? Embora o cliente deva liderar o briefing, a produtora deve escrever o roteiro porque ele é mais do que um texto. Um roteiro profissional requer conhecimento técnico de produção audiovisual para descrever planos, transições e garantir que a narrativa visual seja tão forte quanto a verbal. Isso garante que a criatividade já nasça alinhada à viabilidade técnica da produção.
3. Um bom briefing limita a criatividade da produtora de vídeo? Pelo contrário. Um bom briefing potencializa a criatividade. Ao fornecer um mapa estratégico claro com os objetivos, o público e as limitações do projeto, o briefing dá à produtora a segurança e o contexto necessários para focar no que ela faz de melhor: encontrar as soluções criativas mais eficazes para atingir aqueles objetivos.
4. O que é mais importante em um planejamento de vídeo para evitar atrasos? O mais importante é o alinhamento e a aprovação das etapas iniciais, especialmente o briefing e o roteiro. A maior parte dos atrasos em produções de vídeo não ocorre na gravação, mas sim na demora para aprovar o roteiro ou na necessidade de grandes alterações após a aprovação, o que força um retrabalho em todo o planejamento.
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Não se preocupe, você não está sozinho. É muito comum muitos profissionais terem dúvidas na contratação de serviços de produção de vídeo. Abaixo seguem alguns conteúdos que vão te ajudar.
Quanto custa um vídeo empresarial?

Como fazer um vídeo institucional?
Um vídeo institucional faz parte do mix de comunicação institucional de uma empresa. Isso é particularmente importante no B2B.
Nesse artigo você encontra detalhes das três etapas de uma produção audiovisual: planejamento, produção e pós-produção.

Quais vídeos vendem mais?
Uma coisa que poucos gestores se dão conta: se você realmente deseja aumentar as vendas você precisa ir além de um vídeo institucional.
Existem vídeos específicos para vendas, como vídeos de produtos e serviços, estudos de caso e até vídeos de treinamento, que podem melhorar os índices de fidelização de seus clientes e assim reforçar as vendas.
03 Dicas para seu vídeo de integração
Muitos profissionais de segurança do trabalho e recursos humanos muitas vezes ficam com a responsabilidade de contratar produtoras de vídeo para seus vídeos de integração.
Se esse é o seu caso, aqui estão 03 dicas fundamentais que vão te ajudar bastante.
Vídeos empresariais ou feiras de negócios?
As feiras de negócios são importantes ferramentas para as empresas se comunicarem. Elas concentram os formadores de opinião de todo um determinado segmento.
Porém, você já fez uma conta para saber quanto foi o custo por visitante em uma determinada feira?
E se eu te provar que, com valores muito inferiores aos investidos em feiras, sua empresa consegue atingir do mesmo modo os mesmos formadores de opinião do seu segmento?