Vou responder essa questão, passando valores reais de mercado. Mas antes preciso dizer que existem muitos fatores que fazem com que essa resposta não seja tão simples quanto se pensa.
Seria o mesmo se eu perguntasse para você:
- Quanto custa um carro?
- Depende do carro. Uma Mercedez de luxo custa mais do que um Fiat Moby.
05 Coisas Sobre Vídeo Institucional que Duvido que Você Sabia
Meu nome é Erick Monstavicius e sou produtor audiovisual focado no mercado B2B há mais de 20 anos. Na minha trajetória já passei por muitos momentos parecidos com o atual em que uma tecnologia disruptiva muda a maneira das empresas se relacionarem com comunicação. Nos anos 2000, por exemplo, as câmeras digitas com fitas mi-DV mudaram o paradigma de mercado, substituindo as antigas, caras e pesadas câmeras Betacam.
Em todos esses anos quem sobreviveu não foi quem estava no “hype” da moda, mas quem conseguia transformar essa tecnologia em resultado. Foi dessa maneira que, até hoje, a Cinemátika se reinventou inúmeras vezes e continua com sua posição no atendimento às empresas.
Já aviso o leitor de antemão: esse artigo vai ser muito útil para os gestores que buscaram reduzir custos com comunicação mas acabaram apenas desperdiçando verba.
O Hype Atual na Produção de Vídeo:
O “hype” atual é o uso de celulares filmando em 8K, aplicativos como o Canva permitindo que qualquer um “arrisque-se” na direção de arte e vídeos em inteligência artificial. Boa arte dessas ações feitas internamente, por profissionais muitas vezes sem um portfólio profissional ou até de fora da área de comunicação.
Mas será que toda essa tecnologia realmente se transforma em resultados? A resposta é “não”. Basta ver o número de empresas B2B que voltam a procurar soluções profissionais depois de desperdiçar verbas em vídeos para o Tik Tok ou Instagram, enquanto poderiam ter retornos muito maiores usando estratégias de vídeos junto de eBooks, landing pages e SEO.
Neste artigo, vou desafiar 5 mitos do “hype e senso comum” e mostrar 5 verdades sobre o vídeo estratégico que a maioria das empresas (e mesmo muitos produtores) ignora.
MITO 1: O senso comum acredita que a Inteligência Artificial (IA) vai tornar a produção de vídeo mais barata e fácil.
O senso comum, impulsionado pelo “hype” de ferramentas que criam vídeos a partir de texto, é que a IA pode substituir uma produtora profissional a um custo quase zero.
A VERDADE: A produção de IA profissional ainda é cara e, mais importante, falha no quesito essencial do B2B: a autenticidade.
O que o mercado não percebe é que, embora ferramentas de IA possam criar vídeos operacionais básicos, a produção de qualidade com esta tecnologia exige ferramentas complexas, licenças caras e mão de obra altamente especializada, muitas vezes custando o mesmo (ou mais) que uma produção tradicional.
Mas o maior problema é estratégico: a IA (atualmente) não consegue capturar a cultura real da sua empresa, os rostos da sua equipe, as suas instalações físicas ou os seus processos únicos. Para a comunicação B2B, que depende de confiança e credibilidade, essa falta de fidelidade e autenticidade é um ponto crítico que anula o investimento. Numa análise mais profunda, vemos que o uso de IA é mais complexo do que parece.
MITO 2: O senso comum sabe que o vídeo institucional é útil, mas acredita que os vídeos para o Instagram são mais baratos.
O senso comum, impulsionado pelo “hype” das redes sociais, é que o investimento deve migrar para o feed, pois o custo por vídeo é menor e o engajamento é mais imediato.
A VERDADE: O vídeo institucional é um ativo atemporal e estratégico, enquanto a produção para redes sociais é um custo operacional constante que, no longo prazo, é muito mais caro e arriscado para a marca.
Um único vídeo para o Instagram pode até parecer barato, mas a linguagem da plataforma exige uma produção em volume constante (vários vídeos por semana) apenas para se manter relevante. Para dar conta dessa demanda, muitas empresas acabam publicando vídeos amadores, feitos na base da “gambiarra” e sem profissionalismo, o que é um perigo que pode depreciar e associar a marca a uma comunicação de baixa qualidade.
O vídeo institucional, por outro lado, não é um “hype”. É uma ferramenta atemporal do mix de comunicação. Ele é um investimento único, planejado para ter uma longa vida útil, que pode passar de 3, 4 ou 5 anos. Ele não depende do feed; ele ancora a sua estratégia de SEO, é usado em landing pages, em propostas comerciais e em eBooks.
Ao diluir o investimento inicial ao longo dos anos, o institucional profissional é, na verdade, uma das ferramentas de comunicação B2B com maior ROI estratégico a longo prazo.
MITO 3: O senso comum acredita que se uma informação está na locução, o espectador vai absorver.
O senso comum de um gestor ao revisar um roteiro é: “Preciso aproveitar este vídeo para colocar todas as informações importantes. Vamos adicionar mais este parágrafo na locução, pois se está sendo falado, o espectador vai aprender.”
A VERDADE: Menos é mais. Quanto mais densa e prolixa a locução, menor a assimilação.
Aqui está a terceira verdade contra-intuitiva: um vídeo não é um documento lido em voz alta; é uma experiência audiovisual. O cérebro do espectador “desliga” rapidamente de uma narração monótona ou excessivamente densa. A informação só é assimilada quando é trabalhada de forma estratégica, usando os elementos visuais (letterings, gráficos) para reforçar a mensagem.
A prova definitiva disso é simples: é perfeitamente possível criar um vídeo empresarial de impacto sem nenhuma locução. É impossível fazer um sem nenhuma imagem. A locução deve ser enxuta e apoiar o visual, e não o contrário. É uma dica crucial para o roteiro de um vídeo institucional que poucas empresas seguem.
MITO 4: Muitas pessoas acreditam que objetivo principal do Vídeo Institucional é “emocionar” para gerar vendas.
Este é um mito muito comum. Porém, diferente do que inclusive muita gente do mercado audiovisual coloca, esse vídeo faz parte de uma série de ferramentas de comunicação empresarial conhecido como MIX de comunicação institucional, onde cumprem uma função similar e complementar o website, ações de email marketing, a geração de conteúdo, a participação em feiras de negócios, a identidade visual, entre muitas outras ações.
A VERDADE: “Vídeo Institucional” não é um formato, é uma estratégia. Ele faz parte do mix de comunicação empresarial e seu conteúdo não é pré-definido.
Como uma ação de branding, ele fortalece a posição da empresa em negociações (pois uma marca forte tem mais valor agregado), atrai melhores talentos e gera prestígio no mercado. A “emoção” pode ser uma das ferramentas usadas para isso, mas o objetivo final é estratégico: construir percepção de valor. É um conceito que define o que é um vídeo institucional na prática.
MITO 5: O senso comum acredita que a culpa pelo atraso do vídeo é da produtora.
Quando um vídeo empresarial atrasa, o senso comum é culpar a produtora: “A edição está demorando”, “A gravação atrasou”.
A VERDADE: O maior gargalo no prazo não é a produtora, mas sim os fatores que ela não controla: o “tempo de espera” pelas aprovações internas e a adequação dos locais de gravação.
A produção (gravação e edição) é a parte mais rápida. O que consome tempo são as “zonas de espera”: projetos parados por semanas aguardando o “ok” de um diretor em viagem ou de um comitê de marketing.
Além disso, em um vídeo institucional típico, a produtora depende da organização do cliente para que os locais de gravação (seja o chão de fábrica ou o escritório) estejam limpos, organizados e disponíveis na data combinada. A produtora não tem controle sobre o ambiente do cliente.
Conclusão: O Hype Passa, a Estratégia Fica
No final das contas, a lição destes 5 mitos é uma só: a tecnologia – seja ela a IA, um celular 8K ou o aplicativo do momento – é apenas uma ferramenta. O que gera resultado real no mercado B2B é a estratégia.
Como vimos nos anos 2000 com as câmeras Mini-DV, o “hype” sempre passa. O que fica é a capacidade de transformar ferramentas em comunicação eficiente.
Antes de investir no próximo “hype”, questione se o seu projeto tem o básico que realmente funciona: um planejamento de marketing focado no público, um roteiro profissional que prioriza o visual, e uma visão de longo prazo focada em ativos atemporais, como o SEO e o branding. É isso que separa os “operadores de câmera” dos verdadeiros parceiros estratégicos de comunicação.
Sobre o Autor
Erick Monstavicius é diretor e produtor audiovisual, fundador da Cinemátika Filmes. É especialista em traduzir os desafios estratégicos de Recursos Humanos e Marketing em soluções de vídeo de alta performance.
Conecte-se com Erick Monstavicius no LinkedIn.
Deixe seu vídeo na mão de especialistas!
Com a Cinemátika as estratégias de marketing andam de mãos dadas com uma produção de vídeo dinâmica e de alta qualidade. Afinal, o que sua empresa busca são resultados, não é mesmo? Então entre em contato e vamos conversar sobre seu projeto e seus objetivos.
Ainda tem dúvidas?
Não se preocupe, você não está sozinho. É muito comum muitos profissionais terem dúvidas na contratação de serviços de produção de vídeo. Abaixo seguem alguns conteúdos que vão te ajudar.
Quanto custa um vídeo empresarial?
Como fazer um vídeo institucional?
Um vídeo institucional faz parte do mix de comunicação institucional de uma empresa. Isso é particularmente importante no B2B.
Nesse artigo você encontra detalhes das três etapas de uma produção audiovisual: planejamento, produção e pós-produção.
Quais vídeos vendem mais?
Uma coisa que poucos gestores se dão conta: se você realmente deseja aumentar as vendas você precisa ir além de um vídeo institucional.
Existem vídeos específicos para vendas, como vídeos de produtos e serviços, estudos de caso e até vídeos de treinamento, que podem melhorar os índices de fidelização de seus clientes e assim reforçar as vendas.
03 Dicas para seu vídeo de integração
Muitos profissionais de segurança do trabalho e recursos humanos muitas vezes ficam com a responsabilidade de contratar produtoras de vídeo para seus vídeos de integração.
Se esse é o seu caso, aqui estão 03 dicas fundamentais que vão te ajudar bastante.
Vídeos empresariais ou feiras de negócios?
As feiras de negócios são importantes ferramentas para as empresas se comunicarem. Elas concentram os formadores de opinião de todo um determinado segmento.
Porém, você já fez uma conta para saber quanto foi o custo por visitante em uma determinada feira?
E se eu te provar que, com valores muito inferiores aos investidos em feiras, sua empresa consegue atingir do mesmo modo os mesmos formadores de opinião do seu segmento?
