ENTREVISTA: VIDEOS PARA INTERNET E PUBLICIDADE ON-LINE

Este artigo foi escrito em 2010 e decidi mantê-lo no ar por uma espécie de arqueologia digital!
Originalmente havia o vídeo no idioma original incorporado a esta página, mas o site da Businessweek retirou o vídeo do ar e não pude mais encontrar a versão original.

 
 

DAVID HALLERMAN FALA A RESPEITO DE INVESTIMENTOS EM VÍDEO ON-LINE

Analista sênior da eMarketer, uma das mais bem conceituadas empresas de web marketing norte-americanas, David Hallerman fala em entrevista a Businessweek sobre o espantoso crescimento de investimentos em vídeo on-line entre 2008 e 2010.

Repórter Businessweek [RB]: Estamos aqui com o Sr. David Hallerman, analista sênior da eMarketer e especialista em vídeo na internet. Obrigado por comparecer, Sr. Hallerman.

David Hallerman [DH]: Obrigado pelo convite.

[RB]: Há diversos modelos de negócios que vem sendo comentados sobre vídeo on-line, um deles é a publicidade.  Então, os publicitários estão animados com o espaço que se abre na internet?

[DH]: Sim, sem dúvida estão.  Nós dizemos que os vídeos para internet podem aparecer em cinco tipos de sites, podem ser sites de agrupamento como YouTube, que é o exemplo que mais se destaca, podem ser em sites de mídias tradicionais, como a Businessweek e outros jornais tradicionais e obviamente sites das redes de televisão e televisão a cabo. Ao mesmo tempo as pessoas estão gastando cada vez menos tempo assistindo TV. Em uma pesquisa recente de um banco de investimentos, mostrou-se que 40% das pessoas gastam menos tempo assistindo TV hoje do que há 2 anos atrás. Este é apenas um dos diversos exemplos que temos sobre isto. Portanto, como vai se alcançar a mesma audiência com as pessoas gastando menos tempo com a TV? Vídeo on-line tem atraído as atenções.

[RB]: Quanto vem se investindo em vídeos on-line?

[DH]: Bem, no ponto atual ainda estamos muito no começo. No último ano, de acordo com nossas estimativas, nos Estados Unidos: US$ 410 milhões em anúncios para internet. Este ano, US$ 775 milhões. No ano que vem US$ 1,1 bilhões. Em 2010, apenas para citar mais um número, será perto de US$ 1,5 bilhões. Parece ser muito dinheiro? Mas vamos considerar alguns parâmetros: este ano, estes US$ 775 milhões representam apenas 1,1% do que os anunciantes gastaram na televisão. Mesmo em 2010, quando estivermos perto de US$ 1,5 bilhões, será apenas cerca de 3% do dinheiro investido em televisão. Portanto, continuará sendo uma porção bem pequena do total dos orçamentos.

[RB]: Quais são as diferenças entre um comercial para internet e um comercial para televisão? É mais interativo?

[DH]: Bem, o anúncio por si só é o mesmo, não há diferenças. Muitos anunciantes no estágio atual, e eu ressalto que estamos em um estágio ainda bem inicial, estão solicitando que seus comerciais de televisão sejam veiculados também na internet. Em alguns casos estes comerciais para internet possuem cenas extras que acabam estendendo a duração original da versão da televisão. De todo modo, embora o comercial da internet seja praticamente o mesmo do que o exibido na televisão, eles podem ter elementos interativos ao redor, pode-se ter uma barra de buscas para que o espectador pesquise. Por exemplo, se é um vídeo de remédios, pode haver algo como “encontre um médico”, outros botões ao redor de diferentes tamanhos… ou seja, pode-se acresentar este aspecto de interatividade mesmo que não esteja diretamente relacionado ao vídeo.

[RB]: E de onde vem vindo estes investimentos? Eles vem vindo das mesmas fontes do que as da televisão ou são outras fontes que estão investindo em publicidade na internet?

[DH]: Esta é uma boa pergunta. Olhando de um modo geral as tendências de gastos com anúncios na internet, isto de um modo geral e não apenas gastos com publicidade em vídeo on-line, os investimentos em anúncios on-line possuem um crescimento maior do que os outros tipos de mídia dos EUA, as indicações são de que há um aumento e ele está se movendo. Mas, de modo surpreendente, parece que muitos dólares para os vídeos para internet vem do budget de investimentos que seriam gastos com publicidade na televisão. Ele vem de empresas  desvinculadas com anúncios em jornais ou rádio, onde poderiam ter um impacto parecido que elas estão acostumadas.

[RB]: Muito se fala de sites como YouTube e outros sites de vídeo populares. Eles parecem ser relacionados a vídeos caseiros ou vídeos feitos por adolescentes. Podem os anunciantes contar com as mensagens destes vídeos ou eles estão mais interessadas em vídeos com conteúdos elaborados profissionalmente?

[DH]: Bem, as páginas do YouTube estão cercadas de banners com anúncios publicitários. Mas em termos de gerar um alto impacto, em termos de anúncios em vídeo, o anúncio propriamente dito, daquele tipo de que o usuário estava acostumado antes da internet, você verá que está muito mais ligado a profissionais que geram conteúdo de boa qualidade e que estão ligados a televisões. Mas nós vemos que há muita coisa sendo feita por por televisões locais ou por consumidores avançados. O fato é que a internet habilita as pessoas criar. A tecnologia de vídeo hoje está ligada a computação e um consumidor avançado pode criar um material com uma qualidade boa. Uma das razões pelas quais o Google comprou o YouTube é a habilidade de pesquisa automática de vídeos, assim como o Google faz com as páginas da internet, que ainda está em um estágio inicial de tecnologia. Portanto, se eu tenho interesse em vídeos sobre beisebol, o YouTube irá me direcionar para conteúdos com vídeos sobre beisebol. Isto é um estímulo para as pessoas criarem conteúdo sobre beisebol. Mas seja como for, uma vasta maioria de vídeos para internet será produzida por profissionais.

[RB]: Obrigado por ter vindo hoje.

[DH]: Foi um prazer.

 

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